quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Vigas da Sociedade

Quando paramos de lutar pelo que é justo para fazer uma espécie de guerra dos sexos? O crescimento assustador de feministas defendendo e adotando ojeriza a indivíduos do sexo masculino não é bom, nem para si mesmas, nem para o ideal muito menos para sociedade. Vamos combinar uma coisa? Deixamos a ''guerra dos sexos'' para novela da TV Globo e vamos racionalizar mais sobre as questões que envolvem a sociedade.

A sociedade é constituída de todos os indivíduos que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, que buscam o bem-estar cívico e que interagem entre si. Margareth  Thatcher e alguns teóricos marxistas como Ernesto Laclau não acreditam no conceito de sociedade. Eu discordo deles, acredito que todos os indivíduos, independente de sexo, gênero, orientação, etnia e credo, fazem parte dessa sociedade e moldam sua cultura. Somos todos vigas da sociedade. Construímos nossa sociedade, moldamos nossa cultura e evoluímos como comunidade. 

A questão é que, com o aumento do vitimismo e com essa atmosfera de guerra, deixamos de evoluir. O radicalismo toma conta da maioria. Nos tornamos vigas frágeis, prontas para ruir a qualquer momento. Deixamos de buscar o melhor, para agredir e culpabilizar os outros por qualquer situação preconceituosa, vexatória ou de agressão. Um exemplo claro disso é a reação que muitas feministas estão tendo com relação aos homens no geral.

É notório que estamos vivendo em uma cultura sexista, isso é inegável. E que mulheres sofrem com isso, muitas são agredidas e mortas e o seu algoz são homens machistas que as consideram sua propriedade, e por isso eles acreditam poder fazer e poder exigir o que quiserem delas. Isso, contudo, de forma alguma deveria servir de argumento para atacar diretamente qualquer indivíduo do sexo masculino e muito menos para defender atitudes misândricas e para sustentar que homens não sofrem com o sexismo.

Antes de levantar bandeiras, vamos ser razoáveis? Como querem melhorar a situação atual, moldar a cultura para torná-la mas justa se
, ao invés de unir forças, querem segregar? Não tem cabimento ver ativistas de vários movimentos de minoria atacando deliberadamente outros grupos por considerá-los culpados de todos os males da sociedade. Não se ganha nada com essas atitudes.

Socialmente
, mulheres são tão culpadas pelo machismo na nossa cultura quanto os homens, porque ambos fazem parte da nossa sociedade, ambos tem a capacidade de moldar a cultura. Mas o que eu vejo é uma dificuldade enorme de assimilar contextos básicos e dialogar. De certo que mulheres não forjaram, mas elas nutrem e o mantém vivo na cultura junto com os homens. Somos tão culpadas pela manutenção de uma cultura sexista quanto os homens, mesmo que sejamos em sua maioria vitima da mesma.

Eu vejo vários homens tentando dialogar e sendo silenciados, sendo atacados por mulheres que se acham ativistas feministas e se acham no direito de fazê-lo pelo simples fato de se vitimizar e generalizar de forma a serem completamente injustas. Eu não acredito que este seja o caminho e não acredito que estas ativistas estejam militando em prol do bem estar da sociedade. Elas militam é em prol da guerra, da confusão, da briga e do retrocesso. Todos os males da sociedade só serão desconstruídos com o apoio da maioria. 

Não existe desculpa para misandria, não adianta quantificar mortes para relevar ações preconceituosas. Relevar atitudes preconceituosas mostra-se hipócrita no momento que se critica outros preconceitos. Como podemos ultrapassar barreiras, impondo mais barreiras? Como podemos moldar uma cultura mais igualitária se você segrega mais a sociedade em seu ativismo? Devemos nos posicionar socialmente, ajudar mulheres que sofrem agressões, levantar bandeiras para assuntos importantes, mas também devemos agregar todos os indivíduos, independente do sexo. Essa atmosfera de guerra fomentada por parte das feministas só serve para aumentar o preconceito na sociedade ao invés de desconstruí-lo.

Não somos divididos em oprimidos e opressores, somos todos vitimas e responsáveis, pois somos todos nós, juntos, as vigas da sociedade.


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