segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Islã: Além do véu

 A esquerda adora citar islamofobia. Grande parte está sempre dizendo que Israel e os EUA são os verdadeiros opressores e que o islã - que, em suas palavras, é uma religião pacifica - são oprimidos por um povo que tem intolerância religiosa. Curiosamente, o próprio presidente dos EUA defendeu que a maioria dos muçulmanos são pacíficos. Mas...Será que são mesmo?
 
 

Por um desejo de vender uma imagem de politicamente correto, grande parte das pessoas cometem o erro de vitimizar uma cultura que está longe de ser vitima. Tudo que ocorre no mundo relacionado a muçulmanos, de imediato, culpam fatores externos e até mesmo as próprias vitimas. Nunca, para esses, a culpa é do Islã. Não tenho intenção de debater em si os atos de terrorismo, e sim a relação entre a cultura muçulmana e as mulheres. 
 

No nível intelectual, a religião Islã foi expressada por seu fundador, Mohamed, como uma demolição de todos os outros deuses. O politeísmo tinha que acabar, e toda a humanidade tinha que ser unida sobre um único deus, Allah. Seus líderes dão exemplos tão ruins que não tem como caracterizar suas atitudes como pequenos detalhes da religião. Temos o maior estado sunita, a Arábia Saudita, que se caracteriza como a mais extraordinária sociedade-prisão. O fato é que as pessoas que tomam decisões e pregam a religião são pessoas como o sheik Al-Qaradawi, que fala coisas abomináveis na TV. O problema é que o Islã é instável e isto esta longe de ser um acidente, algo pequeno, um detalhe ou minoria. 



 A grande maioria da população muçulmana defende a Lei de Sharia. Sharia é um termo árabe que significa "caminho", mas, que historicamente, dentro da religião islâmica, tem sido continuamente empregado para se referir ao conjunto de leis da fé compreendida pelo Alcorão que rege todos os aspectos da vida de um muçulmano, questões como casamentos, ritos religiosos, heranças e também penas para diferentes tipos de crimes, de acordo com a interpretação e vontade de cada país. Exemplos como chicotear uma mulher por aparecer sem a vestimenta adequada em público, ou assassiná-la por suspeita de cometer adultério são contidos nesse sistema. Até mesmo o simples ato de beber uma taça de vinho é considerado crime. Seus princípios não podem ser questionados nem relativizados à luz de traços culturais. Por isso são, até hoje, um instrumento útil para calar as mulheres em países nos quais vigora o regime teocrático. 
 
 

A bem da verdade, a cultura islâmica é excessivamente patriarcal. Ela coloca mulheres como propriedades dos homens em todos os aspectos da vida. O cenário é o pior possível e os níveis de analfabetismo em mulheres são execráveis! Meninas são proibidas de ir à escola, são impedidas de trabalhar e andar pelas ruas sozinhas. Milhares de viúvas dependem de esmolas ou morrem de fome. Mulheres tem seus dedos decepados, pois é proibido pintar as unhas. Por qualquer suspeita de transgressões, mulheres são espancadas ou executadas. Milhões de mulheres vivem em regime de submissão absoluta há muito tempo, e elas não podem fazer absolutamente nada por medo de morrer, de serem espancadas, perderem seus membros ou ficarem deformadas. E não para por aí! Meninas de 8-9 anos são prometidas para homens adultos, se tornam esposas antes de se tornarem adolescentes, assim como Mohamed que se casou com uma menina de 6 anos como consta no Alcorão. A partir dessa mesma idade elas são obrigadas a usar o jihab.

 ''Ó Profeta, dize a tuas esposas, tuas filhas e às mulheres dos crentes que (quando saírem) se cubram com suas mantas; isso é mais conveniente, para que distingam das demais e não sejam molestadas;'' (Alcorão 33;59) 

Em suma, no Islã o estupro não é considerado crime. O propósito do jihab é uma espécie de marcação de gado, separando mulheres casadas com maridos muçulmanos de mulheres escravas que eram capturadas na guerra. As primeiras eram propriedade de seus maridos e intocáveis, porém as últimas eram presas legítimas para qualquer um. Para um muçulmano, a burca é uma espécie de sinal que significa ''propriedade de um homem, apenas meu marido pode me estuprar’', enquanto a ausência de burca significa ''sexo grátis, use e abuse''. É comum casamentos forçados, mutilação genital feminina, dotes pagos pela noiva, crimes de honra e criminalização das vítimas de estupro. Tais questões são defendidas por grande parte dos muçulmanos.

O mais curioso que pude notar, apesar de ser uma religião extremamente patriarcal, é que alguns trechos - poucos - do seu livro remete a uma ideia que foge da ojeriza ao feminino e do sexismo, algo que não ocorre na bíblia, como a questão da menstruação e a culpa da Eva pelos pecados. No Alcorão não culpam a mulher pelos pecados - como ocorre em 1 Timóteo 2:12 -, culpa Satanás e coloca como vítima tanto o homem quanto a mulher. E a menstruação não é transformada em algo impuro. Porém em outros momentos demonstra clara opressão ao feminino, ao corpo e aos direitos da mulher. Apesar de alguns versículos de paz, eles são superados em longa escala os versículos de violência. Não tem como negar a existência do ódio mais puro no Alcorão. 


Milhares de jovens tiveram suas vidas arruinadas por homens pelos motivos mais absurdos, como por exemplo o caso de Najaf Sultana que foi queimada pelo próprio pai enquanto dormia aos 5 anos de idade simplesmente porque ele não queria ter outra filha. Mulheres são queimadas com ácido por disputas de família, por tentar se divorciar de seus maridos, por andar sozinha nas ruas ou simplesmente por não querer se casar com o pretendente. A justificativa desses homens é simplesmente deformá-las ao ponto delas não serem mais aceitas socialmente e sentenciá-las a uma vida de dor e sofrimento. Grande parte dessas mulheres tiveram que se submeter a 20 ou mais cirurgias para voltarem a enxergar, respirar melhor ou até mesmo para comer. 

Nesses países, o descaso é tão absurdo que em apenas 2% desses casos alguém recebeu punição. Seus agressores, que geralmente são seus maridos, pretendentes e familiares, normalmente saem livres de seus atos. Infelizmente, a mulher continua sendo tratada como um ser de última categoria, e qualquer tentativa de mudar este comportamento pode levar a consequências muito tristes. 

Outro exemplo foi Malala Yousafzai, recebeu recentemente o Prêmio Nobel pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação na região do Paquistão, onde os talibãs impedem jovens de frequentar a escola. Em 2012 foi vitima de um atentado, levando 3 tiros. Outra mulher que ficou conhecida por sobreviver ao terror do Islã e não se calar foi ativista feminista, Ayaan Hirsi Ali.

É absurda a ideia de alguns que colocam, como se o que um muçulmano faz de errado não é culpa do Islã. Mais absurda é a ideia de colocar esse tipo de radicalismo como minoria. Dizer que é uma religião de paz é negar a realidade, simplesmente essa ideia não condiz com a realidade de milhares de mulheres no Mundo que são submetidas a torturas físicas e psicológicas por seus esposos e familiares baseando-se na religião. É inconcebível chegarmos ao ponto em que vemos pessoas tentando ponderar atitudes de uma cultura que, em sua maioria, mata, oprime e agride tantas mulheres. É inconcebível vitimizar o algoz. Esse radicalismo não é minoria, é maioria. Não se trata de paradigmas, teorias ou interpretações equivocadas do Alcorão e sim de fatos reais e históricos.
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