domingo, 19 de julho de 2015

Hoje, vou falar da Madonna e demonstrar o repúdio à página na imagem e todo o apoio que ela recebe. Madonna é um dos ícones que mais lutou pela liberdade sexual da mulher, ela fez mais no panorama social do que muitas das feministas que a estão criticando de uma forma extremamente desonesta e, eu diria, até racista.
Racismo é um tema muito polêmico na Internet e, principalmente, no feminismo. As pessoas inventam novas definições para querer impor à sociedade que determinadas pessoas de determinados grupos sociais não podem sofrer ou praticar racismo. Mas a verdade é que, na nossa história mundial, tivemos exemplos de racismo nos quais a vítima não era negra. O racismo, além da mera discriminação pela cor da pele, alcança também contornos de natureza étnica e de natureza xenofóbica.
Em nossa sociedade, tivemos um histórico de racismo onde suas vítimas eram negros e índios, e, apesar de termos evoluído como sociedade, o racismo é uma realidade presente. Racismo é quando indivíduos são determinados pela sua cor de pele e não por suas qualidades e defeitos individuais. Nesse modo de ver o mundo, as raças são hierarquizadas como melhores ou piores.
Quando um indivíduo de um determinado grupo social desmerece um indivíduo de outro grupo por questões meramente raciais, sejam quais forem, é racismo. Isso quer dizer que qualquer individuo na sociedade pode sim ser racista, mesmo que este mesmo individuo sofra racismo por outros meios.
No ativismo da internet, o que vemos atualmente é uma briga de polos raciais que discriminam outras pessoas pela sua cor de pele. Exemplos disso são casos de negros atacando outras pessoas com palavras de ofensa, questionando a pureza de sua raça e se colocando como superior às demais, justificando tal posicionamento por questões históricas e culturais. Tivemos vários exemplos na nossa página e em outras páginas.
Sim, Madonna é caucasiana e adotou filhos negros, assim como a grande esmagadora maioria dos bailarinos de suas turnês são negros, pardos e latinos. Isso mostra a admiração que ela tem pela cultura afro-latina.
Assustei-me com o fato de pessoas verem a foto dos filhos dela massageando seus pés como racista. Ora, e se fossem brancos, latinos, indígenas, orientais? Teria esta comoção? Quem aqui nunca massageou os pés dos seus pais quando criança? E a filha caucasiana da Madonna, que também tem foto massageando seus pés? As pessoas nem estão cogitando racionalizar, já atacam no automático e a qualquer momento se vitimizam. E sim, estou chamando a página em questão de vitimista. Sua adm se vitimiza para endossar ataque a outras pessoas por questões raciais e sexuais.
Mas as coisas escalam, e agora resolveram usar um clipe dela para induzir que ela é racista. O clipe é da música Vogue, e a dinâmica escolhida foi uma apresentação retratando a Corte Francesa. Vale destacar que TODOS os bailarinos estavam vestidos com roupas BURGUESAS. Então onde está o racismo?
Quando os bailarinos negros beijam Madonna na boca? Quando interpretam cenas sexuais com a Madonna? Quando apalpam a Madonna? Não! O que eles estão usando de forma desonesta foi dois bailarinos levarem a Madonna deitada no divã. Sério, gente?
Chegou o momento em que temos que mostrar publicamente nosso descontentamento com determinadas posições de determinados movimentos, porque passaram do limite. O amor de uma mãe por um filho ou do filho por sua mãe, em que ambos tem raças distintas, visto como racista, um clipe onde todos estão vestidos de burgueses e encenando a Corte Francesa visto como racista, e eu me pergunto: qual o próximo passo? Onde vamos parar com isso?
Parafraseando Madonna neste mesmo clip, vos digo: "Não faz diferença se você é branco ou negro...Se é homem ou mulher...Se a música está tocando, ela vai te dar vida nova...Você é uma estrela sim, é o que você é, e você sabe disso."
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Abaixo o trecho de uma entrevista da Madonna em 1992
Revista: Você põe medo nas pessoas. Seu comportamento, sua sexualidade, sua nudez e até mesmo suas roupas amedrontam. Por quê?
Madonna: Não sei. Nem sou eu quem tem que saber. Eu faço minhas coisas a sério. Não sou eu quem tem que explicar a reação dos outros. As coisas que eu faço não são estranhas e eu sempre fui como sou. Nunca pedi desculpas, nem vou começar a pedir. Pelo contrário, não vou parar minha luta.
Revista: E qual é a sua luta?
Madonna: Contra o racismo, sexismo, a perseguição contra homossexuais, o preconceito, a ignorância.
Revista: Na última frase do seu livro você diz "muita gente tem medo de dizer o que quer e é por isso que eles não conseguem o que querem". Esse medo é o mesmo em todas as áreas da sociedade?
Madonna: O mesmo, de alto a baixo. Há muita repressão, muita mistificação.



Eu suplico, parem! Parem de ver racismo onde não tem, parem de tentar justificar suas atitudes racistas por questões históricas e culturais, parem de tentar silenciar as pessoas, parem de incutar crimes em pessoas em momentos que não existiram. Simplesmente parem e pensem!
Não vamos conseguir evoluir como sociedade fazendo guerras raciais, vendo racismo em coisas que não foram racistas, tentando silenciar outras pessoas e muito menos "lavando sangue com sangue".




SERÁ QUE O MACHISMO MATA?


"Quando eu tinha 16 anos eu fugi de casa e vivia na rua. Eu fui estuprada e brutalmente atacada, eu não culpo a sociedade. Eu não culpo a cultura. Eu culpo o homem que me estuprou. Eu tinha razão em minha vida para culpar. Outro homem, nos meus 20 anos, devido a um incidente de violência domestica, eu tive uma hemorragia cerebral, e me tirou a visão do olho direito. Eu não culpo a sociedade nem a cultura. Eu culpo o homem que colocou seu punho na minha cara. Todas as manhãs quando eu acordo, eu sei a dor e a importância da luta contra a violência contra as mulheres, porque eu vejo acontecer." Wendy McElroy é uma anarcocaptalista e feminista individualista.


Machismo é o comportamento, expresso por opiniões e atitudes, de um indivíduo que recusa a igualdade de direitos e deveres entre os gêneros sexuais, favorecendo e enaltecendo o sexo masculino. Ele está presente e vivo na nossa cultura. Mas, por vezes, vendo pessoas culpando o machismo, culpando a cultura e a sociedade, penso na distorção que isso é. Por mais que digam que a culpa é do machismo - pois a pessoa fora doutrinada a seguir uma ideia de superioridade em razão de seu gênero -, a verdade é que o indivíduo tem o poder de decisão sobre sua vida e sobre suas atitudes, e chegar ao ponto de ferir um outro individuo por considerá-lo inferior demonstra desvio de caráter.
O machismo alimenta e impulsiona, mas é o individuo que escolhe e é responsável pelos seus atos. Então vamos culpar a quem devemos de fato culpar: não a sociedade ou a cultura, e sim os indivíduos que cometem crimes contra o corpo da mulher.
Toda vez que leio frases de efeito como "o machismo mata” remeto-me à idéia de ignorar o real agressor para culpar a cultura e a sociedade. Acaba, mesmo que inconscientemente, tirando a culpa do agressor para colocá-la na cultura e sociedade ou num grupo social (homens).
Então, o machismo não mata. O machismo não matou milhares de mulheres no mundo. O machismo não estuprou mulheres. Quem matou e estuprou foram seus respectivos agressores. O machismo é uma ideologia de superioridade e não tem a capacidade de matar, pessoas tem.
Devemos, sim, lutar contra essa cultura machista, devemos nos impor contra ela e demonstrar o quão errado é uma ideologia que coloca indivíduos como superiores pelo simples fato de serem do sexo masculino. Mas paremos por um minuto de por a culpa de atos absurdos como estupros e homicídios no machismo, e considemos colocar de fato em seus agressores. Entendo que a motivação de muitos é o machismo, mas isso não tira deles a culpa, e ao focar em colocar toda a culpa no machismo, ignoramos quem realmente devemos culpar, o individuo que cometeu o crime.
Quando culpamos o machismo, na verdade, não estamos culpando ninguém. Estamos culpando a todos e, com isso, ninguém ao mesmo tempo. Quando se dilui a culpa, acabamos inocentando culpados e culpabilizamos inocentes. Então, dizendo ''o machismo mata'', distribuímos a culpa pela sociedade. O inocente recebe uma culpa que não é sua e o culpado tem parte da sua culpa relativizada.


"Se o homem é culpado por natureza, não há qualquer escolha. Sem escolha, a questão não pertence à alçada da moralidade. A moralidade trata apenas da esfera de livre arbítrio do homem - apenas aquelas ações que estão abertas às suas escolhas. Considerar o homem naturalmente culpado é uma contradição em termos." Rand

sábado, 11 de julho de 2015

Pornografia beneficia as mulheres!

Pornografia beneficia as mulheres!
Nossa ‪#‎Ju‬, é sério que vc vai defender a pornografia?
Sim é sério, defenderei doa a quem doer.
Por muito tempo, mulheres foram criadas para não falar sobre o assunto. A pornografia, assim como a masturbação feminina, sempre foram tabus para mulheres. O target (publico alvo) sempre foram masculinos, mas isso tem mudado, e muitas mulheres tem se libertado das amarras culturais e dado independência a sua sexualidade e a seus desejos sexuais.
A pornografia fornece informação sexual, até informações sexuais básicas como a masturbação. Não é incomum para as mulheres atingir a idade adulta sem saber como se dar prazer. Permite às mulheres experiências alternativas sexuais e satisfazer sua curiosidade de forma saudável. Mulheres aprendem mais sobre elas mesmas, o que gostam, o que querem, o que dá prazer e o que não dá. Elas aprendem a se conhecer e a se tocar.
Pornografia fornece uma saída sexual para todos os casos, o fato de não ter parceiro sexual, aprimorar seu relacionamento e até para o celibato.
"Meu corpo, minhas regras" é uma frase bastante conhecida mas que nem sempre é levada como regra, algumas feministas acabam por ignorá-la se tratando de assuntos como este. Isso é triste pois a verdade é que a mulher deve ser independente para decidir sobre sua propriedade. É o principal motivo do feminismo existir, dar voz as mulheres, que elas tomem as rédeas das suas vidas e decidam por elas sem coação. O direito da mulher e a escolha pacifica de fazer com seu próprio corpo deve ser respeitada.
Muitas vão dizer que a pornografia degrada as mulheres, leva diretamente à violência contra as mulheres e coisas do tipo, mas será que essas acusações se mantém de fato?
A ideia de que mulheres que usam sua sexualidade são degradadas me remete a uma ideia conservadora em que mulheres foram e são castradas sexualmente por serem mulheres. Sexistas dizem às mulheres que devem se envergonhar de ter apetites e impulsos. A pornografia lhes diz para aceitá-los e apreciá-los, pois proporciona prazer e elimina a vergonha.
É fato que a pornografia objetifica os indivíduos - homens e mulheres. Mas atualmente o mercado tem sofrido uma metamorfose e mulheres já tem seu espaço, seja com filmes e vídeos direcionado a elas como diretoras e produtoras.
Questiona-se que mulheres que mostram partes do corpo se reduzem a objetos físicos sexuais. Mas o que há errado com isso? As mulheres são tanto corpos como mentes ou almas (para quem acredita). Não vejo pessoas chateadas se apresentar mulheres como “cérebro" ou "seres espirituais" ou qualquer característica separada. Por que se torna tão degradante e ofensivo se concentrar em sua sexualidade? Lembrando que homens também são vistos como objetos de desejo sexual, então a relação da sexualidade, a meu ver, é tabu mesmo nos grupos que se dizem modernos. O problema não é ver mulheres e homens sexualmente em momentos sexuais, o problema é quando só vêem sexualmente, independente do momento e/ou situação.
Por outro lado, algumas pessoas usam a pornografia como causa e efeito de homens que atacam as mulheres. Não existe qualquer relação e evidência entre a pornografia e a violência. Vários estudos foram realizados sobre este tema, a feminista Therlma McCormick (1983) realizou um estudo sobre a violência contra mulher e não encontrou nenhum padrão para conectar. No Japão, onde a pornografia é amplamente disponível, o estupro é muito mais baixo do que em países que a pornografia é severamente restrita.
Mulheres que se declaram abertas e que escolheram se prostituir ou participar do mercado pornográfico são tratadas pelas feministas anti-pornografia como um ser humano que esta psicologicamente danificada e deixa de ser responsável por suas ações. Em essência, isso é uma negação do direito da mulher de escolher qualquer coisa fora do corredor estreito de opções oferecidas pelo politicamente correto.
O direito de escolher independe de fazer uma escolha “errada". Afinal de contas, ninguém vai impedir uma mulher de fazer o que ela acha que deva fazer, não é?
É importante frisar que cada industria tem seus abusos e qualquer um que usa a força ou ameaça para fazer uma mulher realizar determinado ato deve ser acusado de sequestro, agressão e/ou estupro. Quaisquer imagens devem ser confiscadas, porque ninguém tem o direito de beneficiar dos proventos de um crime.
Embora não seja possível fazer uma relação de causa e efeito, o fato é que pornografia e feminismo exigem as mesmas condições sociais, ou seja, a liberdade sexual. A pornografia é a liberdade de expressão aplicada à esfera sexual. A liberdade é aliada daqueles que buscam a mudança e inimiga daqueles que buscam manter o controle.
Feministas anti-pornografia, ao meu ver, na verdade, estão minando a segurança dos trabalhadoras do sexo quando trata elas como "mulheres doutrinadas e/ou danificadas", como se elas não tivessem o direito e a liberdade de escolherem sobre suas vidas, sua propriedade e seus corpos.
“Pornografia é uma parte enorme da cultura em que vivemos. As mulheres não podem simplesmente ignorar a pornografia, nós temos que participar e discutir esse gênero.” Erika Lust é uma diretora de pornô feminista.


https://www.facebook.com/clubedasfeministas/posts/1465239403775509:0

Feminismo Individualista

Vamos sanar algumas dúvidas?
Muitas pessoas perguntam: Que tipo de feminismo é esse? É um novo feminismo? É um feminismo burguês? Então, para sanar algumas dúvidas, elaborei um resumo básico sobre.
No Brasil, o feminismo individualista e o liberal são poucos propagados por motivos políticos. São vistos como feminismos não inclusivos. Ledo engano, são os feminismos mais inclusivos e abrangentes, e vocês poderão conferir ao longo da página.
Feministas individualistas não excluem nenhuma pessoa, não silenciam ninguém. Damos importância a luta contra o sexismo sem negar que todos em algum momento são vítimas da mesma cultura sexista.
Ambas as vertentes são as que originaram o feminismo provenientes de pensadores, filósofos e políticos liberais clássicos e anarquistas, e permaneceram como maioria até o 'boom' do coletivismo por volta de 1949, com a Simone de Beauvoir.
O feminismo individualista tem suas raízes nas figuras femininas do liberalismo antiescravista e do anarcoindividualismo.
Existe uma pequena diferença entre feministas individualistas e feministas liberais, esta diferença esta na questão do Estado. Feministas liberais entendem que, em algumas/poucas circunstâncias, é interessante a intervenção estatal. Já as feministas individualistas negam esta importância e não aceitam o Estado babá/paternalista. Essa é a diferença real entre essas vertentes.
O feminismo individualista tem como filosofia o indivíduo, presa o indivíduo acima de tudo, busca a liberdade e a individualidade feminina. Luta para que mulheres tenham sua própria voz e decidam pela sua vida e pela sua propriedade. Somos pró-choice e sex-positive. Defendemos a pornografia e a prostituição, cabe à mulher decidir sobre seu corpo.
A filosofia feminista individualista acredita que mulheres e homens são indivíduos pensantes e morais e devem ser responsabilizados pelos seus próprios atos, e não os diferenciando por seus gêneros - removendo, portanto, as palavras homem e mulher da redação das leis. São contra cotas e contra leis sexistas que segregam a sociedade, tendo foco em um grupo especifico - como, por exemplo, a lei do feminicidio.
Basicamente, a principal diferença é que, enquanto as vertentes de esquerda acreditam que a igualdade só pode ser atingida estabelecendo novas legislações que cerquem as mulheres de proteção e privilégios (paternalismo estatal), apoiando grossas transformações no sistema político e legal, sendo inclusive algumas usadas para segregar homens e mulheres, a corrente individualista/liberal não vê como solução esse tipo de atitude, nem com relação ao paternalismo estatal, nem com castrações de determinadas liberdades e tampouco segregando a sociedade com uma visão bipolar entre oprimido e opressor.
Resumindo, acho que, enquanto um busca se unir em grupos e tentar grosseiramente castrar determinadas liberdades achando que os fins justificam os meios e que isso pode melhorar a situação, a corrente liberal acredita numa conscientização popular e na visão do indivíduo, independente do gênero. Buscamos elucidar a diferença entre os sexos e mostrar que podemos evoluir como sociedade culturalmente, buscando igualdade e mais liberdade, para que cada individuo seja livre para ser, vestir e amar quem bem entender. Eu diria é uma corrente mais racional, menos apelativa e mais honesta do feminismo.
Feministas dessas vertentes mais conhecidos são: Stuart Mill, Mary Wollstonecraft, Bertha Lutz, Juvenal Lamartine, Marques de Condorcet, Voltairine de Cleyre, entre outras, e nas mulheres fundadoras do movimento libertário moderno (capitalista laissez-faire) no século XX, como Rose Wilder Lane , e Isabel Paterson. Suas principais expoentes são Wendy McElroy, Joan Keneddy, Taylor, Christina Hoff Sommers, Sharon Presley e Cathy Young.
PS.: O feminismo individualista também é chamado de feminismo libertário. Eu, particularmente não uso este nome por considerar que restringiria as feministas ao ideal libertário.

segunda-feira, 16 de março de 2015

A mercê do acaso ou do poder Estatal.

Em todo o mundo, mulheres são alvos de diversos tipos de violência, desde assédio até a morte. São tidas como frágeis e seu físico, no geral, acaba propiciando serem alvos fáceis. Ainda hoje, em alguns lugares do Brasil, não é considerado estupro quando o homem força sua esposa ao ato sexual, e é comum ouvir a frase ''Briga de marido e mulher, não se mete a colher''.
 Em muitos países, como o exemplo do Oriente Médio, muitos crimes contra mulher são justificados baseando-se na cultura extremista patriarcal.  No ocidente, os números são assustadores. Entre 87 países, o Brasil é o 7º país que mais mata mulheres no mundo. Nos últimos 30 anos, foram assassinadas 91 mil mulheres, 43 mil só na última década. E não para por ai! 68,8% dos homicídios ocorrem dentro de casa e são praticados pelos cônjuges. Na Espanha e em outros países europeus, quase metade das mulheres vítimas de homicídios tiveram seus cônjuges como algozes.
A solução do Estado foi fazer uma lei para mulheres, a Lei Maria da Penha, uma lei sexista e que não diminuiu a violência e mulheres continuam morrendo. A Lei Maria da Penha fez 8 anos e os casos, ao invés de diminuir, estão aumentando. Medidas cautelares, na maioria dos casos, não funcionam, e seus agressores voltam as suas casas, perseguem suas vítimas e elas não tem como se defender. E a novidade agora é uma outra lei tão sexista quanto a anterior: a lei do feminicídio. Esta preguiça governamental não ajuda a sociedade, muito menos as mulheres. A bem da verdade, não cabe a eles resolver os problemas, pois quando eles tentam, sempre fazem aquela lambança. Cabe a nós todos, indivíduos, nos impormos contra tais absurdos, ajudar vítimas e denunciar detratores. Buscar, como sociedade, ajudar uns aos outros.
Tais agressões ocorrem por questões culturais retrógradas que ainda hoje vemos sendo
passadas em nossas famílias. Alguns homens acreditam que a mulher é propriedade deles, que eles tem total direito sobre ela, que ele pode bater e até matar. Outros casos envolvem problemas mais profundos!Muitos agressores foram vítimas de agressão ou a presenciaram no ventre familiar. A mulher, na maioria dos casos, fica a mercê da sua sorte. Mais da metade das mulheres que buscam o SUS confessam que a agressão vem de dentro de casa e que o algoz é o marido ou o namorado.

A violência contra mulheres é uma grave violação dos direitos humanos. Seu impacto varia entre consequências físicas, sexuais e mentais, incluindo a morte. Ela afeta negativamente o bem-estar geral das mulheres e as impede de participar plenamente na sociedade.
Qual a solução? Certamente não são leis que mostraram sua ineficiência na segurança dessas mulheres. Se a Lei Maria da Penha não ajudou, não será a do feminicídio que ajudará. A solução esta em três palavras pontos: acompanhamento psicológico, conscientização e liberação das armas.

Acompanhamento psicológico às vítimas que ainda não conseguiram se desvencilhar de seus agressores por vários motivos, como situação financeira, psicológica, família, enfim... Conscientização popular que transmita à população o quão errado é violência doméstica e que isso deve ser combatido. E o principal, a legalização das armas.
A legalização das armas beneficiará toda a população, inclusive para mulheres que tem que se submeter a andar sozinha nas ruas a mercê de predadores e para mulheres que foram vítimas de agressões e, mesmo com a ordem de restrição, seus agressores acabam por infringi-la, muitas vezes ocasionando a morte dessas vítimas. É direito, que hoje nos é negado, a defesa da nossa propriedade e da nossa vida.

 Uma mulher armada não necessita ser mais forte ou estar próxima o bastante para um combate corpo-a-corpo. Ela pode proteger seus filhos, parentes idosos, a si mesma ou outros que estejam vulneráveis a um agressor.” Gayle Trotter em um artigo no The Washington Times


Estamos realmente a mercê do acaso, sem poder nos proteger sem ter quem nos proteja.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Vigas da Sociedade

Quando paramos de lutar pelo que é justo para fazer uma espécie de guerra dos sexos? O crescimento assustador de feministas defendendo e adotando ojeriza a indivíduos do sexo masculino não é bom, nem para si mesmas, nem para o ideal muito menos para sociedade. Vamos combinar uma coisa? Deixamos a ''guerra dos sexos'' para novela da TV Globo e vamos racionalizar mais sobre as questões que envolvem a sociedade.

A sociedade é constituída de todos os indivíduos que compartilham propósitos, gostos, preocupações e costumes, que buscam o bem-estar cívico e que interagem entre si. Margareth  Thatcher e alguns teóricos marxistas como Ernesto Laclau não acreditam no conceito de sociedade. Eu discordo deles, acredito que todos os indivíduos, independente de sexo, gênero, orientação, etnia e credo, fazem parte dessa sociedade e moldam sua cultura. Somos todos vigas da sociedade. Construímos nossa sociedade, moldamos nossa cultura e evoluímos como comunidade. 

A questão é que, com o aumento do vitimismo e com essa atmosfera de guerra, deixamos de evoluir. O radicalismo toma conta da maioria. Nos tornamos vigas frágeis, prontas para ruir a qualquer momento. Deixamos de buscar o melhor, para agredir e culpabilizar os outros por qualquer situação preconceituosa, vexatória ou de agressão. Um exemplo claro disso é a reação que muitas feministas estão tendo com relação aos homens no geral.

É notório que estamos vivendo em uma cultura sexista, isso é inegável. E que mulheres sofrem com isso, muitas são agredidas e mortas e o seu algoz são homens machistas que as consideram sua propriedade, e por isso eles acreditam poder fazer e poder exigir o que quiserem delas. Isso, contudo, de forma alguma deveria servir de argumento para atacar diretamente qualquer indivíduo do sexo masculino e muito menos para defender atitudes misândricas e para sustentar que homens não sofrem com o sexismo.

Antes de levantar bandeiras, vamos ser razoáveis? Como querem melhorar a situação atual, moldar a cultura para torná-la mas justa se
, ao invés de unir forças, querem segregar? Não tem cabimento ver ativistas de vários movimentos de minoria atacando deliberadamente outros grupos por considerá-los culpados de todos os males da sociedade. Não se ganha nada com essas atitudes.

Socialmente
, mulheres são tão culpadas pelo machismo na nossa cultura quanto os homens, porque ambos fazem parte da nossa sociedade, ambos tem a capacidade de moldar a cultura. Mas o que eu vejo é uma dificuldade enorme de assimilar contextos básicos e dialogar. De certo que mulheres não forjaram, mas elas nutrem e o mantém vivo na cultura junto com os homens. Somos tão culpadas pela manutenção de uma cultura sexista quanto os homens, mesmo que sejamos em sua maioria vitima da mesma.

Eu vejo vários homens tentando dialogar e sendo silenciados, sendo atacados por mulheres que se acham ativistas feministas e se acham no direito de fazê-lo pelo simples fato de se vitimizar e generalizar de forma a serem completamente injustas. Eu não acredito que este seja o caminho e não acredito que estas ativistas estejam militando em prol do bem estar da sociedade. Elas militam é em prol da guerra, da confusão, da briga e do retrocesso. Todos os males da sociedade só serão desconstruídos com o apoio da maioria. 

Não existe desculpa para misandria, não adianta quantificar mortes para relevar ações preconceituosas. Relevar atitudes preconceituosas mostra-se hipócrita no momento que se critica outros preconceitos. Como podemos ultrapassar barreiras, impondo mais barreiras? Como podemos moldar uma cultura mais igualitária se você segrega mais a sociedade em seu ativismo? Devemos nos posicionar socialmente, ajudar mulheres que sofrem agressões, levantar bandeiras para assuntos importantes, mas também devemos agregar todos os indivíduos, independente do sexo. Essa atmosfera de guerra fomentada por parte das feministas só serve para aumentar o preconceito na sociedade ao invés de desconstruí-lo.

Não somos divididos em oprimidos e opressores, somos todos vitimas e responsáveis, pois somos todos nós, juntos, as vigas da sociedade.


segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Islã: Além do véu

 A esquerda adora citar islamofobia. Grande parte está sempre dizendo que Israel e os EUA são os verdadeiros opressores e que o islã - que, em suas palavras, é uma religião pacifica - são oprimidos por um povo que tem intolerância religiosa. Curiosamente, o próprio presidente dos EUA defendeu que a maioria dos muçulmanos são pacíficos. Mas...Será que são mesmo?
 
 

Por um desejo de vender uma imagem de politicamente correto, grande parte das pessoas cometem o erro de vitimizar uma cultura que está longe de ser vitima. Tudo que ocorre no mundo relacionado a muçulmanos, de imediato, culpam fatores externos e até mesmo as próprias vitimas. Nunca, para esses, a culpa é do Islã. Não tenho intenção de debater em si os atos de terrorismo, e sim a relação entre a cultura muçulmana e as mulheres. 
 

No nível intelectual, a religião Islã foi expressada por seu fundador, Mohamed, como uma demolição de todos os outros deuses. O politeísmo tinha que acabar, e toda a humanidade tinha que ser unida sobre um único deus, Allah. Seus líderes dão exemplos tão ruins que não tem como caracterizar suas atitudes como pequenos detalhes da religião. Temos o maior estado sunita, a Arábia Saudita, que se caracteriza como a mais extraordinária sociedade-prisão. O fato é que as pessoas que tomam decisões e pregam a religião são pessoas como o sheik Al-Qaradawi, que fala coisas abomináveis na TV. O problema é que o Islã é instável e isto esta longe de ser um acidente, algo pequeno, um detalhe ou minoria. 



 A grande maioria da população muçulmana defende a Lei de Sharia. Sharia é um termo árabe que significa "caminho", mas, que historicamente, dentro da religião islâmica, tem sido continuamente empregado para se referir ao conjunto de leis da fé compreendida pelo Alcorão que rege todos os aspectos da vida de um muçulmano, questões como casamentos, ritos religiosos, heranças e também penas para diferentes tipos de crimes, de acordo com a interpretação e vontade de cada país. Exemplos como chicotear uma mulher por aparecer sem a vestimenta adequada em público, ou assassiná-la por suspeita de cometer adultério são contidos nesse sistema. Até mesmo o simples ato de beber uma taça de vinho é considerado crime. Seus princípios não podem ser questionados nem relativizados à luz de traços culturais. Por isso são, até hoje, um instrumento útil para calar as mulheres em países nos quais vigora o regime teocrático. 
 
 

A bem da verdade, a cultura islâmica é excessivamente patriarcal. Ela coloca mulheres como propriedades dos homens em todos os aspectos da vida. O cenário é o pior possível e os níveis de analfabetismo em mulheres são execráveis! Meninas são proibidas de ir à escola, são impedidas de trabalhar e andar pelas ruas sozinhas. Milhares de viúvas dependem de esmolas ou morrem de fome. Mulheres tem seus dedos decepados, pois é proibido pintar as unhas. Por qualquer suspeita de transgressões, mulheres são espancadas ou executadas. Milhões de mulheres vivem em regime de submissão absoluta há muito tempo, e elas não podem fazer absolutamente nada por medo de morrer, de serem espancadas, perderem seus membros ou ficarem deformadas. E não para por aí! Meninas de 8-9 anos são prometidas para homens adultos, se tornam esposas antes de se tornarem adolescentes, assim como Mohamed que se casou com uma menina de 6 anos como consta no Alcorão. A partir dessa mesma idade elas são obrigadas a usar o jihab.

 ''Ó Profeta, dize a tuas esposas, tuas filhas e às mulheres dos crentes que (quando saírem) se cubram com suas mantas; isso é mais conveniente, para que distingam das demais e não sejam molestadas;'' (Alcorão 33;59) 

Em suma, no Islã o estupro não é considerado crime. O propósito do jihab é uma espécie de marcação de gado, separando mulheres casadas com maridos muçulmanos de mulheres escravas que eram capturadas na guerra. As primeiras eram propriedade de seus maridos e intocáveis, porém as últimas eram presas legítimas para qualquer um. Para um muçulmano, a burca é uma espécie de sinal que significa ''propriedade de um homem, apenas meu marido pode me estuprar’', enquanto a ausência de burca significa ''sexo grátis, use e abuse''. É comum casamentos forçados, mutilação genital feminina, dotes pagos pela noiva, crimes de honra e criminalização das vítimas de estupro. Tais questões são defendidas por grande parte dos muçulmanos.

O mais curioso que pude notar, apesar de ser uma religião extremamente patriarcal, é que alguns trechos - poucos - do seu livro remete a uma ideia que foge da ojeriza ao feminino e do sexismo, algo que não ocorre na bíblia, como a questão da menstruação e a culpa da Eva pelos pecados. No Alcorão não culpam a mulher pelos pecados - como ocorre em 1 Timóteo 2:12 -, culpa Satanás e coloca como vítima tanto o homem quanto a mulher. E a menstruação não é transformada em algo impuro. Porém em outros momentos demonstra clara opressão ao feminino, ao corpo e aos direitos da mulher. Apesar de alguns versículos de paz, eles são superados em longa escala os versículos de violência. Não tem como negar a existência do ódio mais puro no Alcorão. 


Milhares de jovens tiveram suas vidas arruinadas por homens pelos motivos mais absurdos, como por exemplo o caso de Najaf Sultana que foi queimada pelo próprio pai enquanto dormia aos 5 anos de idade simplesmente porque ele não queria ter outra filha. Mulheres são queimadas com ácido por disputas de família, por tentar se divorciar de seus maridos, por andar sozinha nas ruas ou simplesmente por não querer se casar com o pretendente. A justificativa desses homens é simplesmente deformá-las ao ponto delas não serem mais aceitas socialmente e sentenciá-las a uma vida de dor e sofrimento. Grande parte dessas mulheres tiveram que se submeter a 20 ou mais cirurgias para voltarem a enxergar, respirar melhor ou até mesmo para comer. 

Nesses países, o descaso é tão absurdo que em apenas 2% desses casos alguém recebeu punição. Seus agressores, que geralmente são seus maridos, pretendentes e familiares, normalmente saem livres de seus atos. Infelizmente, a mulher continua sendo tratada como um ser de última categoria, e qualquer tentativa de mudar este comportamento pode levar a consequências muito tristes. 

Outro exemplo foi Malala Yousafzai, recebeu recentemente o Prêmio Nobel pela defesa dos direitos humanos das mulheres e do acesso à educação na região do Paquistão, onde os talibãs impedem jovens de frequentar a escola. Em 2012 foi vitima de um atentado, levando 3 tiros. Outra mulher que ficou conhecida por sobreviver ao terror do Islã e não se calar foi ativista feminista, Ayaan Hirsi Ali.

É absurda a ideia de alguns que colocam, como se o que um muçulmano faz de errado não é culpa do Islã. Mais absurda é a ideia de colocar esse tipo de radicalismo como minoria. Dizer que é uma religião de paz é negar a realidade, simplesmente essa ideia não condiz com a realidade de milhares de mulheres no Mundo que são submetidas a torturas físicas e psicológicas por seus esposos e familiares baseando-se na religião. É inconcebível chegarmos ao ponto em que vemos pessoas tentando ponderar atitudes de uma cultura que, em sua maioria, mata, oprime e agride tantas mulheres. É inconcebível vitimizar o algoz. Esse radicalismo não é minoria, é maioria. Não se trata de paradigmas, teorias ou interpretações equivocadas do Alcorão e sim de fatos reais e históricos.
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