Vamos sanar algumas dúvidas?
Muitas pessoas perguntam: Que tipo de feminismo é esse? É um novo feminismo? É um feminismo burguês? Então, para sanar algumas dúvidas, elaborei um resumo básico sobre.
No Brasil, o feminismo individualista e o liberal são poucos propagados por motivos políticos. São vistos como feminismos não inclusivos. Ledo engano, são os feminismos mais inclusivos e abrangentes, e vocês poderão conferir ao longo da página.
Feministas individualistas não excluem nenhuma pessoa, não silenciam ninguém. Damos importância a luta contra o sexismo sem negar que todos em algum momento são vítimas da mesma cultura sexista.
Ambas as vertentes são as que originaram o feminismo provenientes de pensadores, filósofos e políticos liberais clássicos e anarquistas, e permaneceram como maioria até o 'boom' do coletivismo por volta de 1949, com a Simone de Beauvoir.
O feminismo individualista tem suas raízes nas figuras femininas do liberalismo antiescravista e do anarcoindividualismo.
Existe uma pequena diferença entre feministas individualistas e feministas liberais, esta diferença esta na questão do Estado. Feministas liberais entendem que, em algumas/poucas circunstâncias, é interessante a intervenção estatal. Já as feministas individualistas negam esta importância e não aceitam o Estado babá/paternalista. Essa é a diferença real entre essas vertentes.
O feminismo individualista tem como filosofia o indivíduo, presa o indivíduo acima de tudo, busca a liberdade e a individualidade feminina. Luta para que mulheres tenham sua própria voz e decidam pela sua vida e pela sua propriedade. Somos pró-choice e sex-positive. Defendemos a pornografia e a prostituição, cabe à mulher decidir sobre seu corpo.
A filosofia feminista individualista acredita que mulheres e homens são indivíduos pensantes e morais e devem ser responsabilizados pelos seus próprios atos, e não os diferenciando por seus gêneros - removendo, portanto, as palavras homem e mulher da redação das leis. São contra cotas e contra leis sexistas que segregam a sociedade, tendo foco em um grupo especifico - como, por exemplo, a lei do feminicidio.
Basicamente, a principal diferença é que, enquanto as vertentes de esquerda acreditam que a igualdade só pode ser atingida estabelecendo novas legislações que cerquem as mulheres de proteção e privilégios (paternalismo estatal), apoiando grossas transformações no sistema político e legal, sendo inclusive algumas usadas para segregar homens e mulheres, a corrente individualista/liberal não vê como solução esse tipo de atitude, nem com relação ao paternalismo estatal, nem com castrações de determinadas liberdades e tampouco segregando a sociedade com uma visão bipolar entre oprimido e opressor.
Resumindo, acho que, enquanto um busca se unir em grupos e tentar grosseiramente castrar determinadas liberdades achando que os fins justificam os meios e que isso pode melhorar a situação, a corrente liberal acredita numa conscientização popular e na visão do indivíduo, independente do gênero. Buscamos elucidar a diferença entre os sexos e mostrar que podemos evoluir como sociedade culturalmente, buscando igualdade e mais liberdade, para que cada individuo seja livre para ser, vestir e amar quem bem entender. Eu diria é uma corrente mais racional, menos apelativa e mais honesta do feminismo.
Feministas dessas vertentes mais conhecidos são: Stuart Mill, Mary Wollstonecraft, Bertha Lutz, Juvenal Lamartine, Marques de Condorcet, Voltairine de Cleyre, entre outras, e nas mulheres fundadoras do movimento libertário moderno (capitalista laissez-faire) no século XX, como Rose Wilder Lane , e Isabel Paterson. Suas principais expoentes são Wendy McElroy, Joan Keneddy, Taylor, Christina Hoff Sommers, Sharon Presley e Cathy Young.
PS.: O feminismo individualista também é chamado de feminismo libertário. Eu, particularmente não uso este nome por considerar que restringiria as feministas ao ideal libertário.
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