domingo, 19 de julho de 2015

Hoje, vou falar da Madonna e demonstrar o repúdio à página na imagem e todo o apoio que ela recebe. Madonna é um dos ícones que mais lutou pela liberdade sexual da mulher, ela fez mais no panorama social do que muitas das feministas que a estão criticando de uma forma extremamente desonesta e, eu diria, até racista.
Racismo é um tema muito polêmico na Internet e, principalmente, no feminismo. As pessoas inventam novas definições para querer impor à sociedade que determinadas pessoas de determinados grupos sociais não podem sofrer ou praticar racismo. Mas a verdade é que, na nossa história mundial, tivemos exemplos de racismo nos quais a vítima não era negra. O racismo, além da mera discriminação pela cor da pele, alcança também contornos de natureza étnica e de natureza xenofóbica.
Em nossa sociedade, tivemos um histórico de racismo onde suas vítimas eram negros e índios, e, apesar de termos evoluído como sociedade, o racismo é uma realidade presente. Racismo é quando indivíduos são determinados pela sua cor de pele e não por suas qualidades e defeitos individuais. Nesse modo de ver o mundo, as raças são hierarquizadas como melhores ou piores.
Quando um indivíduo de um determinado grupo social desmerece um indivíduo de outro grupo por questões meramente raciais, sejam quais forem, é racismo. Isso quer dizer que qualquer individuo na sociedade pode sim ser racista, mesmo que este mesmo individuo sofra racismo por outros meios.
No ativismo da internet, o que vemos atualmente é uma briga de polos raciais que discriminam outras pessoas pela sua cor de pele. Exemplos disso são casos de negros atacando outras pessoas com palavras de ofensa, questionando a pureza de sua raça e se colocando como superior às demais, justificando tal posicionamento por questões históricas e culturais. Tivemos vários exemplos na nossa página e em outras páginas.
Sim, Madonna é caucasiana e adotou filhos negros, assim como a grande esmagadora maioria dos bailarinos de suas turnês são negros, pardos e latinos. Isso mostra a admiração que ela tem pela cultura afro-latina.
Assustei-me com o fato de pessoas verem a foto dos filhos dela massageando seus pés como racista. Ora, e se fossem brancos, latinos, indígenas, orientais? Teria esta comoção? Quem aqui nunca massageou os pés dos seus pais quando criança? E a filha caucasiana da Madonna, que também tem foto massageando seus pés? As pessoas nem estão cogitando racionalizar, já atacam no automático e a qualquer momento se vitimizam. E sim, estou chamando a página em questão de vitimista. Sua adm se vitimiza para endossar ataque a outras pessoas por questões raciais e sexuais.
Mas as coisas escalam, e agora resolveram usar um clipe dela para induzir que ela é racista. O clipe é da música Vogue, e a dinâmica escolhida foi uma apresentação retratando a Corte Francesa. Vale destacar que TODOS os bailarinos estavam vestidos com roupas BURGUESAS. Então onde está o racismo?
Quando os bailarinos negros beijam Madonna na boca? Quando interpretam cenas sexuais com a Madonna? Quando apalpam a Madonna? Não! O que eles estão usando de forma desonesta foi dois bailarinos levarem a Madonna deitada no divã. Sério, gente?
Chegou o momento em que temos que mostrar publicamente nosso descontentamento com determinadas posições de determinados movimentos, porque passaram do limite. O amor de uma mãe por um filho ou do filho por sua mãe, em que ambos tem raças distintas, visto como racista, um clipe onde todos estão vestidos de burgueses e encenando a Corte Francesa visto como racista, e eu me pergunto: qual o próximo passo? Onde vamos parar com isso?
Parafraseando Madonna neste mesmo clip, vos digo: "Não faz diferença se você é branco ou negro...Se é homem ou mulher...Se a música está tocando, ela vai te dar vida nova...Você é uma estrela sim, é o que você é, e você sabe disso."
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Abaixo o trecho de uma entrevista da Madonna em 1992
Revista: Você põe medo nas pessoas. Seu comportamento, sua sexualidade, sua nudez e até mesmo suas roupas amedrontam. Por quê?
Madonna: Não sei. Nem sou eu quem tem que saber. Eu faço minhas coisas a sério. Não sou eu quem tem que explicar a reação dos outros. As coisas que eu faço não são estranhas e eu sempre fui como sou. Nunca pedi desculpas, nem vou começar a pedir. Pelo contrário, não vou parar minha luta.
Revista: E qual é a sua luta?
Madonna: Contra o racismo, sexismo, a perseguição contra homossexuais, o preconceito, a ignorância.
Revista: Na última frase do seu livro você diz "muita gente tem medo de dizer o que quer e é por isso que eles não conseguem o que querem". Esse medo é o mesmo em todas as áreas da sociedade?
Madonna: O mesmo, de alto a baixo. Há muita repressão, muita mistificação.



Eu suplico, parem! Parem de ver racismo onde não tem, parem de tentar justificar suas atitudes racistas por questões históricas e culturais, parem de tentar silenciar as pessoas, parem de incutar crimes em pessoas em momentos que não existiram. Simplesmente parem e pensem!
Não vamos conseguir evoluir como sociedade fazendo guerras raciais, vendo racismo em coisas que não foram racistas, tentando silenciar outras pessoas e muito menos "lavando sangue com sangue".




SERÁ QUE O MACHISMO MATA?


"Quando eu tinha 16 anos eu fugi de casa e vivia na rua. Eu fui estuprada e brutalmente atacada, eu não culpo a sociedade. Eu não culpo a cultura. Eu culpo o homem que me estuprou. Eu tinha razão em minha vida para culpar. Outro homem, nos meus 20 anos, devido a um incidente de violência domestica, eu tive uma hemorragia cerebral, e me tirou a visão do olho direito. Eu não culpo a sociedade nem a cultura. Eu culpo o homem que colocou seu punho na minha cara. Todas as manhãs quando eu acordo, eu sei a dor e a importância da luta contra a violência contra as mulheres, porque eu vejo acontecer." Wendy McElroy é uma anarcocaptalista e feminista individualista.


Machismo é o comportamento, expresso por opiniões e atitudes, de um indivíduo que recusa a igualdade de direitos e deveres entre os gêneros sexuais, favorecendo e enaltecendo o sexo masculino. Ele está presente e vivo na nossa cultura. Mas, por vezes, vendo pessoas culpando o machismo, culpando a cultura e a sociedade, penso na distorção que isso é. Por mais que digam que a culpa é do machismo - pois a pessoa fora doutrinada a seguir uma ideia de superioridade em razão de seu gênero -, a verdade é que o indivíduo tem o poder de decisão sobre sua vida e sobre suas atitudes, e chegar ao ponto de ferir um outro individuo por considerá-lo inferior demonstra desvio de caráter.
O machismo alimenta e impulsiona, mas é o individuo que escolhe e é responsável pelos seus atos. Então vamos culpar a quem devemos de fato culpar: não a sociedade ou a cultura, e sim os indivíduos que cometem crimes contra o corpo da mulher.
Toda vez que leio frases de efeito como "o machismo mata” remeto-me à idéia de ignorar o real agressor para culpar a cultura e a sociedade. Acaba, mesmo que inconscientemente, tirando a culpa do agressor para colocá-la na cultura e sociedade ou num grupo social (homens).
Então, o machismo não mata. O machismo não matou milhares de mulheres no mundo. O machismo não estuprou mulheres. Quem matou e estuprou foram seus respectivos agressores. O machismo é uma ideologia de superioridade e não tem a capacidade de matar, pessoas tem.
Devemos, sim, lutar contra essa cultura machista, devemos nos impor contra ela e demonstrar o quão errado é uma ideologia que coloca indivíduos como superiores pelo simples fato de serem do sexo masculino. Mas paremos por um minuto de por a culpa de atos absurdos como estupros e homicídios no machismo, e considemos colocar de fato em seus agressores. Entendo que a motivação de muitos é o machismo, mas isso não tira deles a culpa, e ao focar em colocar toda a culpa no machismo, ignoramos quem realmente devemos culpar, o individuo que cometeu o crime.
Quando culpamos o machismo, na verdade, não estamos culpando ninguém. Estamos culpando a todos e, com isso, ninguém ao mesmo tempo. Quando se dilui a culpa, acabamos inocentando culpados e culpabilizamos inocentes. Então, dizendo ''o machismo mata'', distribuímos a culpa pela sociedade. O inocente recebe uma culpa que não é sua e o culpado tem parte da sua culpa relativizada.


"Se o homem é culpado por natureza, não há qualquer escolha. Sem escolha, a questão não pertence à alçada da moralidade. A moralidade trata apenas da esfera de livre arbítrio do homem - apenas aquelas ações que estão abertas às suas escolhas. Considerar o homem naturalmente culpado é uma contradição em termos." Rand

sábado, 11 de julho de 2015

Pornografia beneficia as mulheres!

Pornografia beneficia as mulheres!
Nossa ‪#‎Ju‬, é sério que vc vai defender a pornografia?
Sim é sério, defenderei doa a quem doer.
Por muito tempo, mulheres foram criadas para não falar sobre o assunto. A pornografia, assim como a masturbação feminina, sempre foram tabus para mulheres. O target (publico alvo) sempre foram masculinos, mas isso tem mudado, e muitas mulheres tem se libertado das amarras culturais e dado independência a sua sexualidade e a seus desejos sexuais.
A pornografia fornece informação sexual, até informações sexuais básicas como a masturbação. Não é incomum para as mulheres atingir a idade adulta sem saber como se dar prazer. Permite às mulheres experiências alternativas sexuais e satisfazer sua curiosidade de forma saudável. Mulheres aprendem mais sobre elas mesmas, o que gostam, o que querem, o que dá prazer e o que não dá. Elas aprendem a se conhecer e a se tocar.
Pornografia fornece uma saída sexual para todos os casos, o fato de não ter parceiro sexual, aprimorar seu relacionamento e até para o celibato.
"Meu corpo, minhas regras" é uma frase bastante conhecida mas que nem sempre é levada como regra, algumas feministas acabam por ignorá-la se tratando de assuntos como este. Isso é triste pois a verdade é que a mulher deve ser independente para decidir sobre sua propriedade. É o principal motivo do feminismo existir, dar voz as mulheres, que elas tomem as rédeas das suas vidas e decidam por elas sem coação. O direito da mulher e a escolha pacifica de fazer com seu próprio corpo deve ser respeitada.
Muitas vão dizer que a pornografia degrada as mulheres, leva diretamente à violência contra as mulheres e coisas do tipo, mas será que essas acusações se mantém de fato?
A ideia de que mulheres que usam sua sexualidade são degradadas me remete a uma ideia conservadora em que mulheres foram e são castradas sexualmente por serem mulheres. Sexistas dizem às mulheres que devem se envergonhar de ter apetites e impulsos. A pornografia lhes diz para aceitá-los e apreciá-los, pois proporciona prazer e elimina a vergonha.
É fato que a pornografia objetifica os indivíduos - homens e mulheres. Mas atualmente o mercado tem sofrido uma metamorfose e mulheres já tem seu espaço, seja com filmes e vídeos direcionado a elas como diretoras e produtoras.
Questiona-se que mulheres que mostram partes do corpo se reduzem a objetos físicos sexuais. Mas o que há errado com isso? As mulheres são tanto corpos como mentes ou almas (para quem acredita). Não vejo pessoas chateadas se apresentar mulheres como “cérebro" ou "seres espirituais" ou qualquer característica separada. Por que se torna tão degradante e ofensivo se concentrar em sua sexualidade? Lembrando que homens também são vistos como objetos de desejo sexual, então a relação da sexualidade, a meu ver, é tabu mesmo nos grupos que se dizem modernos. O problema não é ver mulheres e homens sexualmente em momentos sexuais, o problema é quando só vêem sexualmente, independente do momento e/ou situação.
Por outro lado, algumas pessoas usam a pornografia como causa e efeito de homens que atacam as mulheres. Não existe qualquer relação e evidência entre a pornografia e a violência. Vários estudos foram realizados sobre este tema, a feminista Therlma McCormick (1983) realizou um estudo sobre a violência contra mulher e não encontrou nenhum padrão para conectar. No Japão, onde a pornografia é amplamente disponível, o estupro é muito mais baixo do que em países que a pornografia é severamente restrita.
Mulheres que se declaram abertas e que escolheram se prostituir ou participar do mercado pornográfico são tratadas pelas feministas anti-pornografia como um ser humano que esta psicologicamente danificada e deixa de ser responsável por suas ações. Em essência, isso é uma negação do direito da mulher de escolher qualquer coisa fora do corredor estreito de opções oferecidas pelo politicamente correto.
O direito de escolher independe de fazer uma escolha “errada". Afinal de contas, ninguém vai impedir uma mulher de fazer o que ela acha que deva fazer, não é?
É importante frisar que cada industria tem seus abusos e qualquer um que usa a força ou ameaça para fazer uma mulher realizar determinado ato deve ser acusado de sequestro, agressão e/ou estupro. Quaisquer imagens devem ser confiscadas, porque ninguém tem o direito de beneficiar dos proventos de um crime.
Embora não seja possível fazer uma relação de causa e efeito, o fato é que pornografia e feminismo exigem as mesmas condições sociais, ou seja, a liberdade sexual. A pornografia é a liberdade de expressão aplicada à esfera sexual. A liberdade é aliada daqueles que buscam a mudança e inimiga daqueles que buscam manter o controle.
Feministas anti-pornografia, ao meu ver, na verdade, estão minando a segurança dos trabalhadoras do sexo quando trata elas como "mulheres doutrinadas e/ou danificadas", como se elas não tivessem o direito e a liberdade de escolherem sobre suas vidas, sua propriedade e seus corpos.
“Pornografia é uma parte enorme da cultura em que vivemos. As mulheres não podem simplesmente ignorar a pornografia, nós temos que participar e discutir esse gênero.” Erika Lust é uma diretora de pornô feminista.


https://www.facebook.com/clubedasfeministas/posts/1465239403775509:0

Feminismo Individualista

Vamos sanar algumas dúvidas?
Muitas pessoas perguntam: Que tipo de feminismo é esse? É um novo feminismo? É um feminismo burguês? Então, para sanar algumas dúvidas, elaborei um resumo básico sobre.
No Brasil, o feminismo individualista e o liberal são poucos propagados por motivos políticos. São vistos como feminismos não inclusivos. Ledo engano, são os feminismos mais inclusivos e abrangentes, e vocês poderão conferir ao longo da página.
Feministas individualistas não excluem nenhuma pessoa, não silenciam ninguém. Damos importância a luta contra o sexismo sem negar que todos em algum momento são vítimas da mesma cultura sexista.
Ambas as vertentes são as que originaram o feminismo provenientes de pensadores, filósofos e políticos liberais clássicos e anarquistas, e permaneceram como maioria até o 'boom' do coletivismo por volta de 1949, com a Simone de Beauvoir.
O feminismo individualista tem suas raízes nas figuras femininas do liberalismo antiescravista e do anarcoindividualismo.
Existe uma pequena diferença entre feministas individualistas e feministas liberais, esta diferença esta na questão do Estado. Feministas liberais entendem que, em algumas/poucas circunstâncias, é interessante a intervenção estatal. Já as feministas individualistas negam esta importância e não aceitam o Estado babá/paternalista. Essa é a diferença real entre essas vertentes.
O feminismo individualista tem como filosofia o indivíduo, presa o indivíduo acima de tudo, busca a liberdade e a individualidade feminina. Luta para que mulheres tenham sua própria voz e decidam pela sua vida e pela sua propriedade. Somos pró-choice e sex-positive. Defendemos a pornografia e a prostituição, cabe à mulher decidir sobre seu corpo.
A filosofia feminista individualista acredita que mulheres e homens são indivíduos pensantes e morais e devem ser responsabilizados pelos seus próprios atos, e não os diferenciando por seus gêneros - removendo, portanto, as palavras homem e mulher da redação das leis. São contra cotas e contra leis sexistas que segregam a sociedade, tendo foco em um grupo especifico - como, por exemplo, a lei do feminicidio.
Basicamente, a principal diferença é que, enquanto as vertentes de esquerda acreditam que a igualdade só pode ser atingida estabelecendo novas legislações que cerquem as mulheres de proteção e privilégios (paternalismo estatal), apoiando grossas transformações no sistema político e legal, sendo inclusive algumas usadas para segregar homens e mulheres, a corrente individualista/liberal não vê como solução esse tipo de atitude, nem com relação ao paternalismo estatal, nem com castrações de determinadas liberdades e tampouco segregando a sociedade com uma visão bipolar entre oprimido e opressor.
Resumindo, acho que, enquanto um busca se unir em grupos e tentar grosseiramente castrar determinadas liberdades achando que os fins justificam os meios e que isso pode melhorar a situação, a corrente liberal acredita numa conscientização popular e na visão do indivíduo, independente do gênero. Buscamos elucidar a diferença entre os sexos e mostrar que podemos evoluir como sociedade culturalmente, buscando igualdade e mais liberdade, para que cada individuo seja livre para ser, vestir e amar quem bem entender. Eu diria é uma corrente mais racional, menos apelativa e mais honesta do feminismo.
Feministas dessas vertentes mais conhecidos são: Stuart Mill, Mary Wollstonecraft, Bertha Lutz, Juvenal Lamartine, Marques de Condorcet, Voltairine de Cleyre, entre outras, e nas mulheres fundadoras do movimento libertário moderno (capitalista laissez-faire) no século XX, como Rose Wilder Lane , e Isabel Paterson. Suas principais expoentes são Wendy McElroy, Joan Keneddy, Taylor, Christina Hoff Sommers, Sharon Presley e Cathy Young.
PS.: O feminismo individualista também é chamado de feminismo libertário. Eu, particularmente não uso este nome por considerar que restringiria as feministas ao ideal libertário.
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