#Silenciamento #LugarDeFala #Bandeiras#Racismo #Vivencia #menteXrealidade#individualismoXcoletivism
Quantas vezes nos deparamos com a irracionalidade do atual movimento de minorias que deixa envergonhada até a própria esquerda? A internet está impregnada com pessoas que dizem defender liberdade e igualdade em um sistema pra lá de irracional, que consiste em diminuir pessoas e reduzi-las a não poder opinar sobre nada devido às suas características.
A irracionalidade de um movimento em prol de deteriorar sua própria causa é notória e visível a olho nu. A resposta para quaisquer argumentos lógicos beiram ao absurdo de se utilizar de "não é seu lugar de fala", "isso é silenciamento" e incutir preconceitos nos outros.
Isso ocasiona um problema muito grande, não apenas nos movimentos sociais mas também na sociedade como um todo. Quando existe um fanatismo irracional muito forte em um lado, o outro agredido por esse fanatismo tende a ser mais agressivo e mais fanático ainda, e nós que ficamos no meio vemos claramente esta guerra de egos sem nenhum proveito nem propósito para os reais problemas da sociedade.
Por vezes, debato com pessoas desse tipo e a resposta é sempre a mesma. Me veem como branca e por isso já julgam que eu sou burguesa. Quando argumento com base em ciência e em história, me torno academicista. Quando argumento opinando sobre uma determinada opressão, estou silenciando. E assim vai. PARA UM ARGUMENTO LÓGICO, UMA RESPOSTA ILÓGICA.
Com isso, me pergunto: qual o objetivo desses movimentos? É sempre ter razão quando a razão lhe falta, ou tentar ser ativo na sociedade em problemas reais que interferem na liberdade individual da própria pessoa ou de terceiros?
A grande esmagadora maioria dos grupos falam sobre dois assuntos específicos: racismo contra negros e transexualidade. Dois assuntos, ao meu ver, que já tem bandeiras em outras ideologias filosóficas, mas se tornaram foco do feminismo contemporâneo, passando a ser debatido MAIS do que os reais problemas que as mulheres de todo mundo passam. O que me choca, pois ignoram toda a opressão de mulheres no Oriente Médio, por exemplo. É de fato um interseccionalismo deturpado para um vitimismo e um preconceito latente, se baseando em nada mais nada menos, do que guerra de classes e etnia na sociedade.
Que feminismo é esse? Que deixa de ter foco nas mulheres? Que ignoram mulheres que são castradas diariamente e que tornam suas paginas uma sucursal do programa do Datena? Que feminismo é esse, que censura quem discorda? Que feminismo é esse, que silencia mulheres por serem “brancas" ou hetero? Que feminismo é esse, que está mais preocupado em definir quem sofre mais do que buscar soluções praticas para problemas reais? Que feminismo é esse, que ignora situações reais de sexismo em prol de partidos políticos?
Qualquer pessoa que não se encaixe nesses coletivos e discorda de algum ponto é sentenciada ao limbo. E se discordar? A resposta é "você está silenciando, este não é seu lugar de fala".
Silenciamento nada mais é do que censurar um indivíduo. Em um debate de opiniões, dizer que seu oponente não pode dizer o que pensa, não tem liberdade de expressão e deve permanecer em silêncio, é censurar, consequentemente é silenciar. Ou seja, o termo "lugar de fala" nada mais é do que um silenciamento utilizado por indivíduos dos movimentos de minorias com o intuito de afirmar que outros indivíduos são inaptos a entender conceitos básicos de cidadania, respeito e conseguir discernir do que é certo e errado no social.
Eles dizem se basear em vivência, e se valem dessa vivência - da qual provem de uma idéia de recorte de classes na sociedade - para afirmar que aquela minoria é detentora da verdade absoluta. E você que, em tese, não faz parte de "minorias oprimidas", esta silenciando o indivíduo ao discordar dele, mesmo que aquele indivíduo esteja equivocado.
Vivência é realmente importante, mas não é “palanque" nem "selo da verdade absoluta". Qual o problema quando se joga a racionalidade de lado e foca no que uma pessoa diz simplesmente pela características físicas dela?
Indivíduos sofrem de diferentes formas e reagem aos problemas e traumas de maneiras igualmente diferentes. Existem estudos sérios com relação a pessoas que passam por eventos traumáticos além de doenças, e que acabam deturpando a realidade.
Depressões, síndromes e traumas podem deturpar a realidade de um indivíduo, assim como a sensibilidade e vulnerabilidade do indivíduo pode ser utilizada a manipulá-lo em beneficio de uma causa ou de terceiros. É importante frisar, nesse momento, que não estou afirmando que vivência não é fator importante nas questões de preconceito social, estou apenas relatando que distorções da realidade existem, pois nosso cérebro não é perfeito, tem falhas, assim como pessoas, independente do sexo, da etnia ou de qualquer característica que os diferencie de outros, ou lhes coloque em "grupos de minorias".
Por exemplo, mulheres que sofreram grandes traumas referentes a abusos,e não buscam ajuda médica e psicológica, por vezes, desenvolvem um mecanismo mental de proteção e começam a entrar em um loop de vivenciar tudo que elas viveram até em momentos totalmente diferentes. Um homem se aproximar para perguntar as horas, por exemplo, poderá ser visto por ela como o agressor no qual ela conseguiu escapar com vida. O mesmo com qualquer indivíduo, independente de cor, etnia, gênero e sexo.
Qualquer pessoa racional entende que isso não é negar vivência, não é negar o sexismo ou o racismo. Nosso cérebro pode nos pregar peças por termos vivido algo que nos tenha traumatizado. Então essa ideia de "Quando um negro/mulher/gay/trans fala, é porque é" não é bem correta. Cada indivíduo, por mais que tenham as mesmas características físicas, tem vivências diferentes.
É importante debater assuntos sociais tentando ser o mais racional possível. E muita cautela em achar que minorias intrinsecamente estão sempre certas e donas da verdade.
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