domingo, 4 de setembro de 2016
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OS HOMENS FEMINISTAS
Muito se questiona o papel do homem no feminismo e se ele pode ser visto como feminista. Vemos vários textos e discussões referentes a isso atualmente, principalmente no métier coletivista, mas curiosamente esses mesmos indivíduos negam a história e a importância de cada individuo na sociedade. Eu postei no Clube ano passado, dois textos e vou reposta-los novamente pois eles retratam exatamente o meu pensamento sobre o assunto que tantos homens me perguntam.
Não sei em que momento se perdeu o bom senso no feminismo para uma guerra de sexos, mas é o momento de parar com isso e analisar nossa sociedade em prol de conseguirmos construir bons alicerces para defender a liberdade individual de todos e castrar essa cultura sexista que ainda hoje fere a todos.
Nossa história esta cheia de exemplos como o de Heinrich Cornelius Agrippa von Nettesheim (1486-1535) foi um intelectual polemista e influente escritor e é considerado o primeiro intelectual feminista por alguns históriadores devido as suas escritas. Foi citado por Mary Shelley (Filha de Mary wollstonecraft).
François Poullain de la Barre ( 1647-1725). Foi um escritor, filosofo, estudante de teologia, foi padre antes de se converter ao protestantismo e feminista francês. Convencido da injustiça cometida contra as mulheres e o estatuto das mulheres, ele aplica princípios cartesianos para questões femininas e escreveu textos em sua maioria anônimos sobre o universo feminino e é considerado um dos precursores das teorias feministas. Com uma de suas frases citadas inclusive no livro ''O segundo sexo'' de Simone.
Outro homem importante da história do feminismo foi Nicolas de Caritat, ( 1743-1794) o Marquês de Condorcet, foi um matemático, político liberal clássico, revolucionário e voltairiano anti-clerical. Ele era um defensor ferrenho dos direitos humanos, incluindo a igualdade entre mulheres e homens e a abolição da escravatura, já na década de 1780. Ele apoiou o sufrágio das mulheres para o novo governo, escrevendo um artigo para o Journal de la Société de 1789 e também ao publicou De l'admission des femmes au droit de cité em 1790
O filósofo inglês utilitarista e liberal clássico Jeremy Bentham (1748-1832), afirmou que era a colocação da mulher em uma posição legalmente inferior que o fez escolher a carreira de reformista, aos onze anos de idade. Bentham defendia uma completa igualdade entre os sexos, incluindo o direito ao voto e a participação no governo. Além disto, opunha-se fortemente aos padrões morais fortemente discrepantes entre homens e mulheres. Em seu livro, “Introdução aos Princípios da Moral e da Legislação” (1781), Bentham condena entusiasticamente a prática, comum em vários países, de negar direitos às mulheres devido às suas mentes supostamente inferiores.
John Stuart Mill(1806-1873) foi um filosofo e economista britânico e um dos pensadores liberais mais influentes. Escreveu sobre o sufrágio das mulheres no qual atacou a ideia de que mulheres seriam inferiores aos homens, leis de casamento, escravização das mulheres e foi fundador da Clube dos Machos Feministas, em sua época.
Juvenal Lamartine (1874-1956), foi um advogado, jornalista, magistrado e politico brasileiro. Governador do Rio Grande do Norte, por quase três anos ele foi a peça mais importante para o voto feminino no Brasil. Se opondo aos políticos contrários liberou em seu governo que mulheres pudessem votar e serem votadas e isso ocasionou a eleição de Carlota.
Em conjunto com esses homens, outros homens, muitos dos Partidos liberais e iluministas seguiram a apoiar as feministas da época e motivar a sociedade em prol de uma sociedade mais justa.
Tirar o mérito desses homens é um erro crasso. Uma sociedade é feita de indivíduos e ambos tem o poder, juntos, de alcançar seus objetivos. É importante uma luta em conjunto em prol de mudar a cultura e as leis da sociedade para beneficiar a todos em uma sociedade mais liberal.
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