Em alguns posts da página que vai de encontro ao feminismo coletivista, é comum achar algumas mulheres que dizem que eu, Juliana, e/ou a página, não as representam.
Eu acho curioso essa ideia de representatividade, até porque nunca busquei representar ou ser representada pelos outros. Eu acredito que, sendo detentora da minha voz, minha autonomia, tendo liberdade para me expressar e decidir sobre minha propriedade, a única pessoa que busco representar é a mim mesma e sou também a única que me represento. Isso é algo básico para definir uma mulher empoderada.
Eu gosto de mulheres em destaque, concordo com uma ou outra, mas nunca coloco ela no pedestal de representação por acreditar que somos indivíduos únicos e devemos manter nossa particularidade e nossas opiniões distintas. Mas o que vejo muitas vezes são fantoches e papagaios.
Eu não sei por quais motivos esse fenômeno tem aumentado ao longo do tempo, mas o fato é que as pessoas estão deixando de ter suas opiniões para ter opiniões de outras pessoas. Eu creio que um dos princípios básicos do feminismo, e consequentemente o que se denomina empoderamento, é se auto representar.
Então, volto a repetir, como faço em todo comentário desse tipo, que não busco representar mulheres ou homens nessa sociedade: eu busco que vocês se representem, que entendam que são seres únicos e façam o exercício de raciocinar e chegar às suas próprias conclusões.
Nenhuma feminista - seja de hoje ou de outrora -, nenhuma personalidade ou político deve estar em um status de representação total. Para mim, pessoas que buscam sempre representação nos outros não são empoderadas, são empoleiradas.
A liberdade não está dentro de uma gaiola trancada por um cadeado, está em voar. Então cuidado ao se sentirem representadas demais e não se deem muita importância em achar que vou ficar chateada por algumas de vocês não se sentirem representadas pelas minhas opiniões.
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